30.12.09

éden, éter

indago-me sobre o porquê das típicas introspecções no final do ano.
tristemente, faço parte da estatística dos que as fazem. (será?)
todo o ano questiono.
porquê.
como.
a que propósito.
com que intenção.
mas com o final do ano cristão a aproximar-se, há questões que cada vez mais se entranham no sistema disruptivo que funciona sob uma camada de osso duro.
vendo bem, o que é toda esta celebração?
mais um motivo adolescente para fazer festas descabidas?
não há real motivo algum para esta festividade.
nem no dia de natal faz sentido que se celebre, que se louve.
é de 21 de dezembro, e não de 25 de dezembro, em diante que os dias se tornam mais longos - isso sim, é um verdadeiro motivo para celebração.
mas 31 de dezembro?
que é tudo isso?
é mais um dia, como tantos outros!
os dias não mudam, não começam as migrações, não acabam os confrontos bélicos...
mas criou-se a tradição de meditar sobre o decorrer do ano nesta altura.
(ao menos isso, nem que seja só por um dia, mas ao menos a populaça pensa - mal ou bem, mas pensa)
e, como alegre carneiro que sou nesta horda de felizes e inocentes bichinhos guiados pelos poderes superiores subversivos, questiono-me também.

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